Esclarecimentos
A colostomia, ou os estomas de uma maneira geral devem ser extremamente bem cuidados para impedir o surgimento de complicações que possam levar a “perda” do seu funcionamento e risco de vida.
41. Quais as complicações no local da colostomia?
A colostomia, ou os estomas de uma maneira geral devem ser extremamente bem cuidados para impedir o surgimento de complicações que possam levar a “perda” do seu funcionamento e risco de vida.
41. Quais as complicações no local da colostomia?
- As complicações locais podem ocorrer tanto no pós-operatório imediato, precoce ou tardio, apresentando incidência variável de 15 a 30%, sendo as mais freqüentes: a necrose da colostomia, dermatite, abscesso, hemorragia, retração, estenose, hérnia para-ostômica, prolapso, fistula colo-cutânea, perfuração para a cavidade peritoneal e mais raramente o surgimento de neoplasia.
- As complicações precoces do estoma são: sangramento, inchaço, isquemia, retração, descolamento muco-cutâneo.
- O sangramento pode ocorrer nas primeiras horas após a confecção cirúrgica do estoma, e é originário de pequena veias do mesentério ou da parede abdominal. Este tipo de complicação não causa grandes problemas na o estoma. Se o paciente não tem distúrbio na coagulação da sangue o sangramento parará expontaneamente. O importante é não se alarmar e comunicar-se com o médico que realizou a cirurgia. A colocação de compressas geladas pode não ser uma boa decisão pois pode ferir o estoma.
- O inchaço (edema) do estoma se deve a infiltração de líquido nos tecidos próximos ao estoma e mobilização da alça intestinal. Este tipo de complicaçnao desaparecerá expontaneamente ap’os algumas horas. Não deve ficar preocupado a respeito. Comunique com seu médico a respeito.
- O estoma normal tem coloração vermelho brilhante, com a isquemia o estoma fica pálido e descorado. Isso se deve a deficiência da circulação sanguínea do estoma (parte da alça intestinal exteriorizada). Este achado pode ser uma emergência médica. Procure médico que realizou a cirurgia o mais breve possível.
- Retração do estoma é a penetração, total ou parcial, da alça intestinal na cavidade abdominal. Esta complicação requer avaliação médica e pode haver necessidade de reposicionar cirurgicamente o estoma.
- O descolamento muco-cutâneo é a ruptura da linha de sutura entre o estoma e a parede abdominal. Essa complicação deve ser avaliada pelo médico que realizou a estomia.
- As complicações tardias da colostomia são: dermatite, estenose, hérnia e prolapso.
- A dermatite (irritação da pele ao redor do estoma) é causada pelo contato da pele com o fluído intestinal. Isto se deve a colocação errada da bolsa coletora deixando a pele sem proteção. A sua prevençnao depende de uma boa higienização da pele com sabão neutro e perfeita colocação da bolsa de colostomia. O tratamento é a base de pomadas protetoras e cicatrizantes.
- A estenose do estoma é a dimininuição do orifício externo do estoma. A correção desta complicação é feita pelo médico e poderá necessitar de tratamento cirúrgico.
- A hernia é a saída de vísceras pelo trajeto do estoma, formando um abaulamento em torno do estoma. Esta complicação constitui uma emergência médica e o colostomizado deve consultar o médico que o está acompanhando o mais breve possível.
- Prolapso é a saída parcial ou total da alça intestinal pelo estoma. O tratamento de reposicionamento da alça intestinal poderá ser feito pelo profissional habilitado em colostomia (estomaterapeuta), porém a consulta ao médico que acompanha o caso deve ser o mais breve possível
- No paciente idoso deve-se atentar em alguns detalhes. Para poder elaborar um plano de cuidados, é importante avaliar se o mesmo possui alguma dificuldade para a realização do autocuidado. Caso possua deficiência visual ou Doença de Parkinson terá dificuldade na troca do dispositivo; deficiência auditiva ou demência não permitirá que compreenda sobre os cuidados quando explicado pela equipe, assim é importante a presença de um familiar ou cuidador para que possa auxiliar no cuidado diário.
- Na presença de prega cutânea, dobra abdominal ou se o contorno da pele peristoma for irregular, aplicar pasta protetora para nivelar a pele. Deixar secar de um a dois minutos antes de colocar a bolsa de colostomia.
- A diarréia pode ser causada por uma doença (como a gripe) ou por uma variedade de razões. A pessoa com uma ostomia, continua podendo ter uma diarréia, da mesma forma que tinha antes da sua cirurgia. Se o colostomizado tiver uma diarréia, existe alguns alimentos que pode ajudar a engrossar suas fezes. Evite alimentos e bebidas que poderão soltar seu intestino.
- Os alimentos que prendem o intestino são: maçã, bananas, manteiga, queijos ,marshmallows, leite (fervido), macarrão (qualquer tipo).
- Cerveja ou bebidas alcoólicas, brocoli, frutas frescas (com exceção de bananas), podem soltar o intestino.
- Diarréia muito prolongada pode causar desidratação. Em caso de diarréia deve ser orientado a ingerir soro caseiro ou isotônicos previnindo a desidratação.
- No ileostomizados o perigo da desidratação é maior, pelas característica aquosas do material intestinal. Assim o corpo, provavelmente, necessitará de uma maior quantidade de líquidos do que antes da cirurgia. Para evitar desidratação, deve-se tomar bastante água, suco ou outros líquidos diariamente. Caso seja hipertenso ou cardiopata deve consultar o médico antes de aumentar a quantidade de líquido a ser ingerido.
- Algumas vezes, alimentos fibrosos podem causar obstrução do seu íleo dificultando a passagem pelo estoma.
- São alimentos ricos em fibras: salpicão, verduras preparadas à chinesa, coco, repolho cru, milho, frutas secas (como uvapassa, figo seco e damasco). alimentos com casca de difícil digestão (como maçãs com casca, batatas com casca, e uvas) carnes condimentadas (como lingüiças, salsichas e mortadela), cogumelos, nozes e pipoca.
- Existem vários serviços oficiais e particulares de apoio aos ostomizados. Veja no site da Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) informações a este respeito.
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