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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

DOENÇA DE CROHN

Posted at  15:25:00  |  in  Informações

DOENÇA DE CROHN

A Doença de Crohn é uma doença crônica que causa inflamação do intestino delgado, geralmente da parte inferior do intestino delgado, no chamado íleo. Não obstante a Doença de Crohn pode afetar qualquer parte do trato digestivo, da boca ao ânus. A Doença de Crohn também pode ser chamada ileíte ou enterite.

A inflamação pode causar dor e levar a evacuações freqüentes, resultando em diarréia. Seu diagnóstico pode ser difícil porque os sintomas são semelhantes aos de outros distúrbios intestinais, como por exemplo, a Síndrome do Cólon Irritável e a Retocolite Ulcerativa.

Prevalência

A Doença de Crohn afeta os sexos masculino e feminino em iguais proporções, e parece correr com certa predominância em algumas famílias pois, cerca de 20% das pessoas com a Doença de Crohn têm algum parente com alguma forma de Doença Intestinal Inflamatória, mais freqüentemente um irmão ou irmã e, algumas vezes, um dos pais ou um filho.

Sintomas

NA Doença de Crohn também são muito freqüentes os sintomas fora do trato digestivo. Estes sintomas incluem a artrite, febre, úlceras na boca e crescimento mais lento.
Artrite
Se manifesta por edema, dor e rigidez das articulações, podendo ocorrer durante as crises intestinais ou mesmo fora delas. Aproximadamente 30% dos pacientes com Doença de Crohn e 5% dos pacientes com Retocolite Ulcerativa têm artrite. Os joelhos e tornozelos são as articulações mais envolvidas. O edema dura geralmente algumas semanas e desaparece sem deixar lesão permanente.

Febre
A febre é um sinal de inflamação e comum durante uma exacerbação dos sintomas intestinais, aparecendo tanto na Doença de Crohn como na Retocolite Ulcerativa. A febre geralmente desaparece com o tratamento da inflamação intestinal, normalmente com antibióticos do tipo sulfa.

Úlceras na Boca
Pequenas ulcerações no interior da boca são outro sintoma de Doença de Crohn. Estas ulceras são semelhantes a aftas e aparecem durante a fase de crise aguda da inflamação no intestino. Desaparecem quando a inflamação no intestino é tratada.

Crescimento
A Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa podem interferir com o desenvolvimento. Como estas doenças costumam aparecer na adolescência, os prejuízos no crescimento podem ser bastante marcantes. Ocasionalmente, um atraso no crescimento é um dos únicos sinais da Doença de Crohn e pode surgir meses antes que se faça o diagnóstico concreto da doença. Controlando-se a inflamação e a alimentação voltar ao normal, o crescimento deverá recomeçar.

Para o diagnóstico da Doença de Crohn são necessários um exame físico minucioso e uma série de testes. Podem ser feitos exames no sangue para pesquisa de anemia, e exames de fezes para detectar sangramento intestinal.

Os exames do sangue também poderiam descobrir uma contagem de leucócitos alta como um sinal de inflamação. Podem ser pedidas radiografias gastrintestinais. Também deve ser feita uma colonoscopia para ver qualquer inflamação ou sangramento e, durante o exame, faz-se biópsia da mucosa intestinal.

Causas

A causa da Doença de Crohn ainda não é conhecida. Fatores ambientais, alimentares, genéticos, imunológicos, infecciosos e raciais têm sido exaustivamente investigados como possíveis causadores da patologia. Portanto, não se conhece a causa da Doença de Crohn e são muitas as teorias sobre o que poderia causá-la. Uma das teorias mais populares é a imunológica. De acordo com essa idéia, o sistema imunológico do organismo reagiria a algum vírus ou bactéria, causando inflamação contínua do intestino.

Embora as pessoas com a Doença de Crohn tendam a ter anormalidades do sistema imunológico, tal como na Retocolite Ulcerativa, não se sabe se estas anormalidades são causa ou conseqüência da doença.

A influência da genética na Doença de Crohn é complexa. Uma das dificuldades é a constatação de que a vasta maioria dos filhos de pacientes com Doença de Crohn não desenvolve a doença. Em segundo lugar, 90% das pessoas com Doença de Crohn ou não têm parentes com a doença.Apesar disso, há fortes evidências da participação de elementos genéticos na Doença de Crohn, como por exemplo, as diferenças na freqüência da doença entre vários grupos étnicos, incluindo aí os judeus, e os estudos de famílias onde a Doença de Crohn seja prevalente. O risco para a Doença de Crohn diminui progressivamente em caucasianos não-judeus, em afro-americanos, hispânicos e asiáticos.

Na Retocolite Ulcerativa o risco para um parente em primeiro grau judeu é de 4,5%, contra 1,6% para um parente em primeiro grau não-judeu. O risco para a Doença de Crohn é de 7,8% contra 5,2%. Mas, provavelmente, será necessária a presença de muitos genes predisponentes num indivíduo para o desenvolvimento de Doença de Crohn.

Ansiedade, Estresse e Doença de Crohn

A tensão emocional pode influir no curso e evolução da Doença de Crohn. A ansiedade devida aos problemas causados pelas pressões da vida moderna talvez seja a emoção que mais pesa nos indícios científicos que a ligam ao começo da doença e ao curso da recuperação.

Quando a ansiedade serve para que nos adaptarmos a alguma situação nova, para nos prepararmos para lidar com algum perigo, ela está nos ajudando. Mas na vida moderna a ansiedade é, na maioria das vezes, fora de propósito e dirigida para o alvo abstrato. Repetidos momentos de ansiedade indicam altos níveis de estresse.

A pessoa cuja tensão continuada acaba por causar-lhe problemas digestivos é um exemplo típico de como a ansiedade e o estresse exacerbam problemas clínicos. O estresse, entre tantos órgãos e sistemas que atua, também pode levar à ulceração do trato gastrintestinal, provocando sintomas como as Doenças Inflamatórias Intestinais. Ainda que a tônica das pesquisas apontem para um envolvimento imunológico nessas doenças, há fortes indícios do impacto das emoções sobre doenças infecciosas, tais como tuberculose, resfriados, gripes, herpes e, particularmente, nas Doenças Inflamatórias Intestinais.

Tratamento

O tratamento para a Doença de Crohn depende da localização e severidade da doença e das complicações. Os objetivos do tratamento são controlar inflamação, deficiências nutricionais corretas e aliviam sintomas como dor abdominal, diarréia e sangramento retal. O tratamento pode incluir drogas, suplementos nutricionais, cirurgia ou uma combinação destas opções. No momento, o tratamento pode ajudar a controlar a doença, mas não há cura.

Alguns autores dizem não existir dietas específicas para prevenir ou tratar a doença, entretanto, algumas pessoas têm seus sintomas diminuídos evitando tomar álcool, leite e seus derivados, comidas apimentadas, frituras, ou fibras. Como cada pessoa reage diferente, é aconselhável que se procure um nutricionista que conheça bem a doença, e evitar as comidas que percebe fazerem mal.

Recaídas

A maioria dos pacientes com Doença de Crohn (54 a 80%) experimenta recaída em 18 a 24 meses. A causa mais comum de recaídas de Doença de Crohn é o uso de antiinflamatórios não-corticóides, como por exemplo, a aspirina. Estas drogas podem instigar diversas ações no intestino, entre elas, aumentar a permeabilidade intestinal.

Um outro fator que perturba a permeabilidade intestinal é o ciclo menstrual. As infecções também podem desencadear recaídas por comprometer a imunidade intestinal. Também o fumo tem sido associado à recaídas da Doença de Crohn.

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