Até a década de setenta todos os pacientes com câncer do canal anal eram submetidos à amputação do reto e do ânus, com colostomia definitiva. Com o desenvolvimento de técnicas conjuntas de Radioterapia e Quimioterapia, hoje cerca de 80% dos casos são controlados sem cirurgia, apenas com tratamento conservador. A escolha do tratamento depende do tipo de tumor, do estádio e das condições do paciente. Os três tipos principais do tratamento do câncer anal são: radioterapia, quimioterapia e cirurgia. Tratamento cirúrgico
Há dois tipos de tratamento cirúrgico utilizados no câncer anal:
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ressecção local: se o câncer é pequeno e superficial, é realizada uma ressecção local. Nesta cirurgia o tumor é retirado junto com um tecido normal que envolve o tumor. Geralmente, neste tipo de cirurgia, o esfíncter (músculo que abre e fecha o ânus) não é lesado. Isto significa que as fezes serão eliminadas da forma normal.
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ressecção abdômino-perineal: este tipo de cirurgia remove o ânus e o reto. Como eles são retirados é necessário fazer uma saída para as fezes. Esta abertura é realizada no abdome e é chamada de colostomia (ver cuidados com estomas).
Efeitos colorretais da cirurgia
A cirurgia causa dor temporária que é controlada com analgésicos. É importante que o paciente relate ao enfermeiro sobre a presença da dor para que possa ser medicado. Quimioterapia
Quimioterapia é o uso de drogas para matar as células do câncer. É um tratamento sistêmico, pois a droga passa por todo o corpo através do sangue. A quimioterapia no câncer de ânus é utilizada para aumentar o efeito da radioterapia. A quimioterapia é dada em ciclos, ou seja, o indivíduo recebe a quimioterapia e depois permanece algumas semanas em descanso, pois é necessário que o organismo se recupere. A maioria dos pacientes realiza a quimioterapia em regime ambulatorial, ou seja, o paciente comparece ao ambulatório, recebe a quimioterapia e vai para casa no mesmo dia.
As drogas mais utilizadas são o flurouracil, a mitomicina e a cisplatina. Efeitos colaterais da quimioterapia
A quimioterapia não é específica para as células cancerosas, ou seja, atinge todas as células do organismo. É realizada por via venosa e circula através do sangue por todo organismo. Os efeitos colaterais variam de acordo com a dose e as condições de cada paciente. É importante lembrar que os efeitos da quimioterapia são temporários e desaparecem ao final do tratamento. Radioterapia
É o uso de um tipo de radiação (semelhante aos Raios-X) que causa a destruição das células. É um tratamento local, pois afeta somente a área tratada. A radioterapia no canal anal é dada através de uma máquina. O paciente recebe a radiação por cinco dias seguidos e descansa nos finais de semana. Efeitos da radioterapia
Assim como a quimioterapia, a radioterapia não diferencia as células normais das células cancerosas. Os efeitos da radioterapia dependem do local do corpo que é tratado. No caso do câncer de canal anal, os efeitos mais comuns são: cansaço, irritação da pele, diarréia e irritação na bexiga. A pele volta ao normal em 6 a 12 meses. |
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