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Taubaté - Vale Industrial do Paraíba • Edição Nº 11381
28/02/2012
Secretário de Saúde promete Samu, mas reconhece falta de retaguarda hospitalar
Luizinho da Farmacia, Pedro Henrique Silveira, Maria Teresa, Edson Goncalves e Mario Romero |
Em audiência pública realizada na Câmara de Taubaté no dia 27, o secretário de Saúde, Pedro Henrique Silveira, afirmou que a Prefeitura assinou convênio para a instalação do Samu (Serviço de Assistência Médica de Urgência), beneficiando a microrregião com ambulâncias de simples remoção e ambulâncias equipadas com UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
Contudo, o secretário reconheceu que o serviço não é suficiente para resolver os entraves na área da saúde, como a fila de espera no Pronto-Socorro, e concluiu: “Essa cultura da necessidade de leito dentro do Pronto-Socorro tem que ser extinta. No Pronto-Socorro se permanece por 24 horas, no máximo 48 horas, e acabou. Daí vai para o hospital”.
Na avaliação do presidente da Câmara, Luizinho da Farmácia (PR), o Pronto-Socorro deveria ser transferido para dentro do hospital, de forma que haja condições de internação do paciente. “O Pronto-Socorro não é pronto atendimento, não é lugar de ficar internado. Do jeito que foi construído, o Pronto-Socorro está errado.”
Mas a audiência não se pautou somente na questão do Pronto-Socorro. O presidente do Comus (Conselho Municipal de Saúde), Edson Gonçalves “Gatinho”, apresentou sua preocupação quanto ao não encaminhamento de documentos da Secretaria aos conselheiros, situação que o secretário avaliou como passageira, dada a transição da presidência do Conselho – Gatinho assumiu a direção do órgão no dia 27, mas teve a posse antecipada.
Presidente da Associação Valeparaibana de Ostomizados, Mário Romero pediu apoio para a divulgação de campanhas de prevenção ao câncer, afirmando que o ostomizado (pessoa que passa por cirurgia para construção de um novo trajeto para saída das fezes ou da urina, por exemplo) é afastado socialmente. Segundo o diretor de Saúde, o apoio é oferecido não só a esta, mas a todas as campanhas de prevenção a doenças.
Presidente da Comissão de Saúde da Câmara, a vereadora Maria Teresa Paolicchi (PSC), que dirigia os trabalhos, pediu a disponibilização de exame de avaliação urodinâmica e cirurgias de cataratas, lembrando que, por um problema de descolamento de retina, perdeu uma vista. Pedro Henrique argumentou que existe dificuldade na contratação de especialista em análise urodinâmica, pelo custo do procedimento, principalmente em mulheres.
O secretário também respondeu questionamentos de munícipes, como o de Hélcia Freire, que citou a obrigação da Prefeitura em pagar direitos trabalhistas dos servidores, como qualquer grande empresa.
Ela questionou ainda o argumento do secretário de que, por falta de escritura de imóvel, o município teria perdido repasses do Governo Federal. “O senhor vai me desculpar, mas demorou oito anos para descobrir que não tem escritura? Se alguém entra numa empresa como administrador e, em seis meses, não toma ciência daquilo que existe ou não, é demitido.”
“Respeito a opinião da senhora, mas não vou responder”, disse Pedro Henrique. “É muito fácil a senhora jogar pedra daí. No ano que vem, vou estar sentado aí. Não serei vereador. Mas, jogar pedra é fácil. Vem fazer, para ver se faz melhor.”
Durante a prestação de contas, funcionários da Secretaria apresentaram os números de atendimentos e despesas relativas ao terceiro trimestre de 2011. A audiência será reapresentada na íntegra pela TV Câmara Taubaté (Net, 17 digital e 98 analógico) durante os dias 3 e 4, a partir do meio-dia, na programação da emissora
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