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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

IMPERFURAÇÃO ANAL II

Posted at  20:31:00  |  in  Informações

IMPERFURAÇÃO ANAL EM RECEM-NASCIDOS
É um defeito congênito - o ânus está bloqueado ou não tem abertura. Segundo registros da Biblioteca Nacional de Medicina (National Library of Medicine - NLM - nos Estados Unidos), a proporção de bebês que nascem com essa anomalia é de 1 para 5.000, sendo que os meninos são mais afetados que as meninas. ( NLM, 2011) Em geral, nas meninas a anomalia caracteriza-se por um mesmo orifício - que é grande - para o reto, a bexiga e a vagina. Esse orifício é chamado cloaca.
A malformação se dá no útero, no período entre a quinta e a sétima semanas de gravidez. Não se conhece a causa. Em geral, ocorre juntamente com outros defeitos do reto.
O diagnóstico é normalmente feito logo após o nascimento. Trata-se de um caso grave e que requer tratamento imediato. Na grande maioria, os bebês precisam ser submetidos a uma cirurgia para corrigir o defeito. A perspectiva após a cirurgia é muito positiva.
SINTOMAS
Os sinais de imperfuração anal - em geral óbvios logo após o nascimento - são:
não há orifício anal
o orifício anal não está no lugar certo (como, por exemplo, muito próximo da vagina)
o bebê não evacua entre as primeiras 24 e 48 horas de vida
as fezes são expelidas pelo local errado (pela uretra, pela vagina, pelo escroto ou pela base do pênis)
inchaço abdominal
há uma ligação anormal (fístula) entre o reto e o sistema reprodutivo ou o trato urinário
Segundo o Hospital para Crianças, em Cincinnati (Cincinnati Children's Hospital), nos Estados Unidos, cerca de 50% de todos os bebês que nascem com imperfuração anal apresentam outras anomalias. (CCH, 2010). Algumas dessas anomalias são:
defeitos nos rins e no trato urinário
anormalidades na coluna
defeitos na traqueia
defeitos no esôfago
defeitos nos braços e nas pernas
Síndrome de Down (uma doença cromossômica associada a retardo cognitivo, incapacidade intelectual, características faciais típicas e fragilidade do tônus muscular)
doença de Hirschsprung (bloqueio do intestino grosso)
atresia (estreitamento ou bloqueio) do duodeno (a parte inicial do intestino delgado não se desenvolveu adequadamente)
defeitos cardíacos congênitos
RISCOS
É uma doença muito grave que necessita atenção imediata. A incapacidade de evacuar pode causar constipação (intestino preso), dor abdominal e obstrução intestinal. Há risco de infecção, pois as fezes passam pelo trato urináriopor causada fístula.
DIAGNÓSTICO
O exame físico ao nascimento é suficiente para o diagnóstico. O diagnóstico por imagem pode confirmar o problema e revelar a extensão das anomalias. Os exames para diagnóstico por imagem são:
raio X de abdome
ultrassom de abdome
Depois de obter o diagnóstico, o médico fará outros exames a fim de investigar outras anomalias associadas ao quadro. Alguns desses exames são:
raios X da coluna para detectar anomalias ósseas
ultrassom da coluna para investigar se há corpos vertebrais (ossos na coluna) anormais
ecocardiograma para investigar se há anomalias cardíacas
ressonância magnética para investigar se há evidências de defeitos do esôfago, como por exemplo fístulas com a traqueia
TRATAMENTO
O tratamento é, em geral, cirúrgico. Em alguns casos, múltiplos procedimentos devem ser usados para a correção do problema. A colostomia temporária poderá ser necessária até que o bebê cresça e a cirurgia possa ser realizada.
Na colostomia, o cirurgião cria dois pequenos orifícios (estomas) no abdome. A parte inferior dos intestinos é ligada a um dos orifícios, e a parte superior, ao outro. Uma bolsa é colocada no lado externo do corpo para a coleta dos dejetos.
O tipo de cirurgia corretiva depende das especificidades do defeito, como por exemplo até onde desce o reto da criança, até que ponto os músculos adjacentes estão afetados, e se há fístulas envolvidas no processo.
No procedimento chamado anoplastia perineal, todas as fístulas encontradas serão fechadas, de forma que o reto não estará, a partir de então, ligado à uretra ou à vagina. Será criado um ânus na posição normal.
Quando o reto é puxado para baixo e ligado ao ânus, o procedimento é chamado rebaixamento do reto (anorretoplastia).
A fim de evitar o estreitamento anal, pode ser necessário dilatar o ânus periodicamente. O procedimento é feito durante alguns meses. Os profissionais da saúde ensinam os pais como fazer esse procedimento em casa.
PERSPECTIVA
Depois de algumas semanas da cirurgia, os pais recebem instruções para a realização das dilatações anais periódicas a fim de que o orifício permita a passagem das fezes. Algumas crianças terão problemas de constipação (intestino preso), e poderão ter necessidade de treinamento mais longo para evacuar. Laxantes ou lavagens intestinais poderão ser necessários para aliviar a prisão de ventre em períodos futuros. No entanto, o mais comum é que a cirurgia corrija as anomalias e a maioria das crianças fique muito bem. Recomendam-se dieta rica em fibra e acompanhamento regular durante a infância


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